Um dos mais preocupantes acidentes que pode ocorrer com o pênis é durante uma relação sexual, devido a um movimento involuntário, o pênis, em vez de entrar na vagina, bater com muita força ou na região perineal , ou no osso púbico da companheira, e com isto fraturar.
Mas se não tem osso dentro do pênis, o termo fratura é correto?
Sim, pois quando está ereto, os 2 corpos cavernosos estão tão cheios de sangue, tão rigidos que a ruptura destes cilindros fazem um estalido que é ouvido e sentido como um galho se partindo.
Os corpos cavernosos são recobertos por uma túnica, chamada albugínea, bastante resistente e com espessura de, em média, 2 mm. Quando o pênis está ereto e, conseqüente, com o comprimento aumentado, estas túnicas se esticam e afinam sua espessura para 0,25 mm.
Se houver um choque frontal do pênis em uma estrutura dura, com o movimento de envergar e curvar, ocorre uma lesão que pode ser só uma contusão, uma laceração ou até o total rompimento circular desta camada, ocorrendo imediatamente uma detumescência peneana, dor forte local, e o aparecimento de um grande hematoma que toma conta do corpo peneano e pode se infiltrar para a bolsa escrotal.
O tratamento se for uma pequena lesão, pode ser só conservador, mas via de regra existe a necessidade de uma exploração cirúrgica, limpeza do hematoma e sutura da lesão. Uma vez suturada a ruptura, deve-se evitar relações pelo mínimo de 45 dias, até haver uma cicatrização total.
Em alguns casos, pela reação do corpo a estas lesões, podem aparecer com o tempo, placas de calcificação em cima da túnica albugínea, no local da fratura, caracterizadas como doença de Peyronie, ou enduráceo pênis plástica, que levam a um entortamento e curvatura do pênis às ereções, sendo mais um problema futuro a resolver.
Portanto todo cuidado é pouco, evitando-se posições extravagantes e grandes impulsos durante as relações sexuais como forma de diminuir o risco de fratura peneana.
Dr. Ricardo Felts de La Roca Urologista(CRM-SP 28.886)
http://www.delarocaurologia.com.br
E-mail: ricardo@delarocaurologia.com.br
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