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"Sarah Westphal"


 

Obama pede respeito à diferença de opinião em discurso polêmico

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez hoje um apelo emocionado em defesa da tolerância em discurso na Universidade de Notre Dame, católica, que foi palco de protestos pelo apoio do chefe de Estado ao aborto e às pesquisas com células-tronco.

Em discurso na cerimônia de graduação da Universidade em South Bend, Indiana, a mais importante do sistema educacional católico nos EUA, Obama resolveu atacar diretamente a polêmica dos últimos dias para pedir sensatez.

"Como permanecemos firmes em nossos princípios e lutamos pelo que consideramos certo, sem repreender os que têm convicções igualmente firmes no outro lado?", questionou Obama.

AFP
Barack Obama discursa na Universidade de Notre em defesa da tolerância
Barack Obama discursa na Universidade de Notre em defesa da tolerância


O presidente, que chegou à Universidade depois de cinco pessoas terem sido detidas hoje em protestos contra o aborto fora do perímetro do campus, afirmou: "quando abrimos nossos corações e mentes a aqueles que podem não pensar como nós é quando descobrimos pelo menos a possibilidade de pontos em comum".

"Achar pontos de contato inclusive entre pessoas de boa vontade, homens e mulheres com princípios e valores, pode ser difícil", reconheceu o presidente, que acrescentou que o aborto é o assunto no qual esse problema é mais visível.

"Cada lado continuará colocando seus argumentos ao público com paixão e convicção. Mas devemos poder fazer isso sem fazer piada daqueles que têm pontos de vista diferentes", ressaltou.

Obama abordou a questão do aborto, uma das que mais desperta debate acalorado e mais divisões nos Estados Unidos.

"Podemos estar de acordo com que se trata de uma decisão dilaceradora para qualquer mulher" e com a necessidade de reduzir o número de gravidezes indesejadas ou de facilitar as adoções e o apoio às mães que optarem por dar à luz, explicou.

"Respeitemos a consciência dos que estão em desacordo com o aborto e redijamos uma cláusula de consciência sensata", pediu o líder americano.

Apesar dos apelos de Obama em favor do entendimento, o presidente foi recebido com manifestações por centenas de pessoas e cartazes contra o aborto no lado de fora da Universidade.

AFP
Homem grita slogans antiaborto em protesto contra fala de Barack Obama

Além dos detidos hoje, outras 19 pessoas foram retidas no sábado.

Os manifestantes protestaram contra o fato de ter sido concedida ao presidente a honra de fazer o discurso de graduação e um título de doutor "honoris causa", apesar das posições de Obama em favor do direito ao aborto e à pesquisa com células-tronco embrionárias.

Quando Obama defendeu estes pontos de vista, sempre deixou claro que é preciso legislar de acordo com o que a ciência decidir, e, no caso do aborto, o Governo deve adotar medidas para que as gravidezes não desejadas se reduzam ao mínimo.

Em entrevista à rede de televisão "Fox News", o sacerdote Richard McBrien, professor de Teologia de Notre Dame, afirmou que o convite a Obama não significa que a instituição de ensino apoie os pontos de vista do presidente sobre esses assuntos.

"Há outras posições que adotou, sejam sobre imigração, pobreza ou o que for, que coincidem plenamente com as doutrinas sociais do catolicismo", defendeu McBrien.

"Se pedíssemos 100% de acordo com as doutrinas oficiais da Igreja a cada pessoa que fala ou que recebe um título honorífico de uma universidade católica, não poderíamos contar com políticos de nenhum partido", afirmou.

A maioria dos estudantes da Notre Dame concordou com o convite a Obama, e uma pesquisa do Centro Pew indicou que apenas 28% dos católicos pensam que a universidade não deveria ter proposto a participação do presidente.

Dezenas de estudantes decidiram boicotar a cerimônia de hoje e participaram de um ato alternativo liderado pelo diretor da organização Sacerdotes Pró-Vida, Frank Pavone.

A polêmica coincide com a seleção que Obama deve fazer de um juiz para a Corte Suprema, a instituição que legalizou o aborto nos EUA em 1973 e cujos candidatos são escrupulosamente examinados por republicanos e democratas sobre suas posições a favor ou contra a interrupção voluntária da gravidez.

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